Nos meus quase 30 anos senti a necessidade de criar um espaço onde tentarei apenas comunicar, e sorrir. Aqui está ele!

24
Set 08

Entre a decisão e a indecisão, se vão tomando rumos que constroem o presente, e abrem-nos o caminho para o Futuro.
A esperança que os caminhos se endireitem, e de encontrar linhas rectas, existe, mas por enquanto são curvas e precipícios que vejo.
A vontade de o ver fora de casa, mas o medo de o perder.
O querer a minha solidão de volta, aquela pela qual lutei aos 18 anos, e que 10 anos depois deixei escapar por um amor, que durou apenas um momento.
O medo de não saber mais viver a solidão, a independência, e a autonomia do dia a dia agora que me habituei a ser quase casada...
O receio de não ter forças para seguir em frente com esta decisão, e o receio de não ser suficientemente inteligente para voltar atrás...

E a surpresa, sem surpreender, do que foi um fim de semana feliz... apenas isso... amanhã será a falta de respeito a reinar, e eu serei o livro de reclamações dele. amanhã quinta feira, e não um amanhã longínquo..

 

E onde está a força da Menina-Mulher que quis ser independente aos 18, e aos 20 anos teve o filho mais lindo do mundo? Nem por um só dia desisti, do meu caminho... e afinal chego aqui, onde o filho me dá toda a energia para ser profissionalmente bem sucedida, onde o filho me faz sorrir, sempre! mas não posso ter em conta a presença daquele que foi o príncipe encantado. Senão este blog, Sorri, Sempre! deixa de fazer sentid.o Não há sorriso que ele consiga tirar de mim, e eu sou tão fácil de surpreender, e eu sou  tão fácil de conquistar...

 

Encho o peito de ar, sustenho a respiração, e quando não aguento mais deixo-o sair, de uma vez só! Sorrir, seguir em frente, ser apenas eu. E deixar a minha espontaneidade decidir o Futuro, tal como tem feito até agora.

 

Hoje, fica a incerteza entre o "isto nunca vai dar nada", e o "pode ser que ele procure ajuda psicológica e que mude!".... Pois é...O erro de tantas e tantas relações... esperar que o outro mude.... e erradamente, eu sorrio para a ironia da incerteza, e sigo em frente. 

publicado por r__casimiro às 12:23
sinto-me: incerta

19
Set 08

E foi assim...

Depois de um dia de muito trabalho, por um lado cansada, por outro sentia-me realizada, que tudo acabou...

 

Concluí que sou muito nova, para me deixar subjugar por uma qualquer pessoa. Concluí, depois de várias conversas para o chamar à razão, onde vi resultados rápidos e imediatos, sem duração apreciável, que conversas não nos iam levar a lado nenhum.

 

E então, preparei-me para o momento. Aproveitei a ausência do Alexandre, cheguei a casa, liguei a televisão bem alto, num canal de música. Estava a passar as melhores canções de amor de sempre. Ainda pensei que ouvir canções românticas me podiam fazer voltar atrás, mas não.

As músicas passavam, e eu não sentia nada. Nada.

 

E o José chegou a casa, e começou a refilar, porque a porta estava trancada. Eu expliquei... E depois começou por causa do meu lanche ser uma pizza, e eu expliquei, ...e depois começou porque o congelador estava cheio.... E depois bateu com a porta do congelador, e disse asneiras. Não, decididamente, não é isso que eu quero. Eu continuei no sofá, a ver a minha série preferida, e no intervalo fui à cozinha, e ele estava a jantar... Pois é, diariamente, chego faço o jantar, chamo-o para jantar, ele come ou não come, não posso contar com ele para comer, e não posso deixar de fazer comer para ele. Mas nunca, nunca jantei sem primeiro chamá-lo.

 

Esta atitude, fez com que aproveitasse o intervalo para me sentar na cozinha durante 2 minutos e lhe dissesse apenas, que temos de repensar na nossa vida, de forma a prepararmos a separação. Disse-lhe de forma clara para ele procurar outro local onde morar, disse-lhe que ele não tem o direito de andar aos pontapés ao meu congelador, e chega de faltas de respeito. Disse-lhe que para mim, nada muda. Continuamos a morar na mesma casa, mas desta vez, com uma perspectiva de futuro em que nos encontramos separados.

 

E... claro que o José foi apanhado de surpresa. Talvez pensasse que eu ficaria o resto da vida a aturar as suas cenas. Talvez ele ainda tivesse esperança que algo mudaria. Mas não mudou. Um ano e nada mudou. Apenas a minha forma de reacção mudou. Deixei de gritar, de responder. Deixei-o falar, deixei-o ofender, deixei-o entrar nos seus monólogos psicóticos, e eu nada disse.

 

Quanto ao amor físico, pois, há muito que me dei conta que o José se tornava outra pessoa no dia em que tinha vontade de sexo, então aí ele era o José por quem eu me apaixonei há 18 meses atrás... Mas no dia seguinte, voltava ao mesmo.

As coisas complicaram-se exactamente quando a vontade física foi reduzindo para uma/duas vezes por semana. Então eu tinha alguém de quem eu gostava durante dois dias e alguém de quem eu não gostava durante 5 dias.

E foi piorando.... até haver vontade física de duas em duas semanas... Nesta altura, eu decidi.

E fiquei quietinha no meu canto, com a minha decisão. Até chegar  momento de comunicar-lhe. Quis ter certeza, se bem que eu acho que não há certezas efectivas.

Chegou o momento. Agora tenho as minhas certezas consolidadas, de forma a saber que tomei uma decisão clara, sem dramas, sem discussões, sem mágoa e sem rancor. Apenas uma decisão difícil, como tantas outras.

 

E venha o dia seguinte.

publicado por r__casimiro às 10:19
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